03 outubro 2011

15 pontos de análise - semana 4

1 - Bem, o que se pode dizer - e escrever - mais sobre os Lions? Pouca coisa que ainda não tenha sido dita. São a 1ª equipa na história a recuperar, em 2 jogos consecutivos fora de portas, 20 ou mais pontos de desvantagem. Em Minnesota foram 20. Contra os Dallas, 24. Logicamente que neste último grande esforço não se pode apenas pesar o voluntarismo dos Lions. Existiu uma certa cooperação por parte do adversário e especialmente de Tony Romo. E de Jason Garrett, o head coach, que na jogada decisiva deixou uma single coverage em Calvin Jonhson. Logo ele, que nem com dupla ou tripla cobertura costuma ser parado.

2 - O que se passa com Roddy White, o líder em recepções no ano passado? Este ano parece querer concorrer ao título de Mr.Drop, tantas são as bolas largadas, algumas em jogadas cruciais. Frente aos Seahawks foram mais dois drops a juntar aos anteriores 6. E só vamos na jornada 4.

3 - Os Colts estão 0-4. Isso aconteceu, pela última vez, em 1998. Um longo caminho trilhado, desde então. Apesar de mostrar algumas melhorias, a equipa de Indianapolis continua a perder. Desta vez com Curtis Painter no lugar de quarterback, os Colts ameaçaram vencer, tal como na pretérita semana. Mas fustigados com lesões (Anthony Castonzo, Ijalana e Eric Foster abandonaram o terreno de jogo), com algumas más decisões de permeio, acabaram como nos jogos anteriores. Derrotados. E a equacionarem um franchise quarterback no próximo draft.

4 - A defesa de Baltimore já mereceu muitos elogios. São intratáveis. E dão medo. Um grupo atlético de jogadores, brutal na pressão que exercem sobre as linhas ofensivas adversárias. Contra os Steelers, inimigo figadal, foram sete turnovers. Sete. Mas contra os Jets, a defesa dos Ravens andou perto do mesmo brilhantismo atingido nessa partida. Três touchdowns resultantes de acções defensivas (fumble forces, intercepções, sacks), limitando tanto o jogo corrido como o aéreo do adversário. Santonio Holmes, por exemplo, verdadeira besta negra dos Ravens, apenas conseguiu 33 jardas. E, pela primeira vez em oito confrontos, ficou sem marcar.

5 - Com um quarto da liga disputada, um nome para rookie defensivo do ano: Ryan Kerrigan. O impacto dele na defesa dos Redskins tem sido espantoso, permitindo igualmente outra liberdade a Brian Orakpo. O resultado está bem à vista: no jogo contra S.Louis, os Redskins obtiveram 7 sacks. No ano passado todo, foram 29. E para rookie ofensivo do ano? Resposta fácil. Cameron Newton. É certo que os Panthers apenas têm uma vitória. Mas o impacto de Newton tem sido tremendo, revitalizando o ataque de Carolina. Depois de ter ultrapassado as 400 jardas, nos dois primeiros jogos, não ter chegado às 200, na terceira partida, lançou para 374, em nova derrota com os Bears.

6 - Se Calvin Jonhson é conhecido pela alcunha de Megatron, Wes Welker deveria ficar rotulado como o Littletron. O receiver dos Patriots parece eléctrico, tamanha é a energia que dá mostras, em campo. Só para se ter uma ideia do impacto de Welker, no jogo ofensivo dos Patriots: 40 recepções, em 4 jogos. Sozinho, apanhou mais bolas do que Santonio Holmes, Hines Ward e Reggie Wayne, por exemplo. A média é magnífica: 10 recepções por jogo, 152 jardas. Welker foio alvo de várias marcações, por jogadores diferentes, na deslocação a Oakland. Sem qualquer efeito. Conseguiu 9 recepções, 2 touchdowns e 158 jardas. Alguém murmurou MVP?

7 - Quando se fala de MVP, qual o nome que vem de imediato à mente? Aaron Rodgers, claro. MVP do último SuperBowl, o quarterback dos Packers não conhece limites. Será difícil dizer que, contra os Broncos, realizou o melhor jogo da sua carreira. Mas o que ele fez deixa qualquer um atónito. Foram seis(!!!) touchdowns. Quatro passados, dois corridos e mais de 400 jardas. Ele é, actualmente, o rei e senhor da NFL.

8 - Muito se falou do lockout e do impacto negativo que o mesmo teria, na temporada, sobretudo em rookies e nas equipas com novos treinadores e métodos radicalmente diferentes na abordagem aos jogos. Pois bem, vejamos o seguinte: Jim Harbaugh, vindo da universidade de Stanford para os 49ers, colocou a equipa de S.Francisco na liderança da divisão, com 3-1. Com um playbook convencional, limitando os erros ao máximo, chocou os fãs da NFL ao vencer o dream team, nesta jornada. Mike Munchak, ao comando dos Titans, pela primeira vez, tem obtido críticas favoráveis quanto ao seu trabalho. A equipa de Tennessee, comandada por Matt Hasselbeck, está igualmente com 3-1, liderando a divisão ao lado dos Texans. Outros dois neófitos no banco, Ron Rivera (Carolina Panthers) e Pat Shurmur (Cleveland Browns) possuem motivos de satisfação, apesar de algumas dificuldades visíveis nos sectores de ataque e defesa. Mas estes quatro treinadores, por exemplo, têm em conjunto 9 vitórias e 7 derrotas. Melhor do que os treinadores dos Falcons, Steelers, Eagles e Jets, putativos candidatos aos playoffs.


[em actualização]

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