01 dezembro 2011

A evolução de Sanchez

O tandem constituído pelo head coach e o quarterback é, na generalidade dos clubes que lutam pelo título, o mais importante na organização. Figuras geralmente inseparáveis e a quem é imputado o grosso do sucesso, formam geralmente um elo forte e inquebrável, no qual a franquia se revê e encontra inspiração. É assim com Bill Belichick e Tom Brady. Com Mike McCatthy e Aaron Rodgers. Com Sean Payton e Drew Brees. O que eles têm em comum? O quarterback é a extensão do treinador dentro de campo, colocando em prática o modelo de jogo preconizado. Existirá isso nos Jets, famintos por finalmente vencerem o Super Bowl?

Esta é a temporada chave para a franquia. Sanchez, no seu 3º ano, assume um papel mais decisivo, esperando-se dele o óbvio: liderança e qualidade. Com a temporada a perigar e a divisão perdida para o actual arqui-rival Patriots, a tensão parece instalada em Nova Iorque, com Rex Ryan a parecer algo desconfortável com a evolução de Sanchez. Mas existirá mesmo motivo para criticar Sanchez?

Os números são elucidativos, mostrando uma constante evolução em todos os parâmetros. Vejamos:
2009 - 15 jogos/162 jardas de média/53,8% acerto passe/12 TD/20 INT/63 rating
2010 - 16 jogos/ 205,7 jardas de média/54,8% acerto passe/17 TD/13 INT/75,3 rating
2011 - 11 jogos {até ao momento]/228,5 jardas de média/56,3% acerto passe/18 TD/11 INT/80,9 rating.

Os números valem o que valem. Mark Sanchez demonstra, por vezes, uma imaturidade irritante. Mas isso era expectável quando foi escolhido pela organização. As "dores de crescimento" fazem parte do processo de amadurecimento de qualquer quarterback. É assim igualmente com Joe Flacco, contemporâneo no draft onde Sanchez foi escolhido. Ou mesmo com Matt Ryan. Não me parece que seja Sanchez o problema nos Jets, ou que seja pela sua falta de qualidade [obviamente empolada] que os Jets não ergam o troféu.

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