25 novembro 2011

Minnesota Vikings - week 12

Ainda falta muito para isto acabar? É um pensamento recorrente em qualquer fã dos Vikings. Jogo após jogo, o mesmo penoso exercício. Escrever sobre uma derrota, invariavelmente. A equipa tem [alguma] qualidade, mas carece de regularidade e é minada, quase sempre, por um cancro. Um temível, que corrói o resto do sistema imunológico. Essa doença tem nome: linha ofensiva. A enfermidade está tão entranhada que vai limitando o prazo de vida do paciente, minando o que de bom as outras células vão fazendo. De que adianta ter Adrian Peterson, se depois pouco se faz para lhe conceder alguns espaços para ele poder correr? O que importa ter um franchise quarterback, se este passa o tempo todo a correr pela integridade física?

O jogo caseiro contra os Raiders foi mau. Ponto. Repleto das habituais penalidades estúpidas, de turnovers característicos e falhas clamorosas na defesa. E assim averbou-se a 8ª derrota em 10 jogos. Para quem sonhava, no início do ano, com a 5ª ou 6ª seed na NFC…

Como sempre, existiram factores positivos e negativos. Vamos a eles…

Positivo:

Christian Ponder – É questionável a inclusão do QB nesta lista. Teve altos e baixos, cometendo algumas terríveis decisões. Mas mostrou algumas centelhas de brilhantismo em alguns lançamentos. Se é certo que lançou duas horríveis intercepções, na red zone adversária, nunca pareceu afectado pelos erros, mostrando uma frieza que casa na perfeição com o que é requerido a quem ocupa aquele posto. Continuou a curva de desenvolvimento, mostrando claramente que é um factor a ponderar num futuro próximo. E os seus dois lançamentos para TD, no 4º período, foram excelentes.

Kyle Rudolph – Aparecendo cada vez mais em jogo, tem sido gratificante verificar que a escolha de 2º round foi uma daquelas que não engana. Ele é bom. Como receiver apanha tudo o que lhe é lançado, mostrando uma segurança de mãos ao nível dos melhores da liga. Tem vindo a desenvolver uma química especial com Ponder, que parece confiar nele bastante.

Percy Harvin – He’s back. Cada vez que ele toca na bola, a multidão fica expectante, julgando que pode ser naquele lance que a sorte do jogo vira a favor dos Vikings. Explosivo, parece recuperado das mazelas físicas que o atormentaram. E Harvin não se faz rogado, jogando como kicker return, wide receiver e, pasme-se, running back. Espantosamente, consegue ser meçhor nessa última função que o restante corpo de RB’s da equipa [Adrian Peterson obviamente excluído]. Será interessante verificar o uso que terá, nos próximos jogos, agora que AP se lesionou.

Kevin Williams – Podia ter a alcunha de “badass”. No jogo com os Raiders, foi-nos apresentado um Kevin Williams vintage. Disruptivo, conseguiu 3 tackles for loss, um sack e voltou a ser o “velho” Kevin Williams. Sólido e efectivo, temido pelas OL’s contrárias. Impediu sempre o jogo corrido, levando os Raiders a procurarem outros terrenos, longe dele, para conseguirem jardas terrestres.

Marcus Sherels – Parece uma mera questão de tempo até ele retornar um punt para TD. Mas não será isso que o cobrirá de elogios, que já lhe são devidos. Sherels tem sido das poucas surpresas agradáveis, desempenhando um papel de relevo no ST.

Negativo:

Steve Hutchinson – Dia terrível contra os Raiders. Perdeu incontáveis batalhas, permitindo um sack [pelo menos um, pela minha contagem], mostrando um lado medíocre que não lhe conhecíamos. Mesmo assim ainda me atrevo a dizer que Hutchinson é o melhor elemento da OL. E isso diz tudo quanto à real qualidade da mesma…

Remi Ayodele – Bust. Ponto. Jogou mais Christian Ballard nos dois últimos jogos do que ele na época toda. Não consegue penetrar na muralha adversária, sendo sempre o alvo escolhido pelos RB’s adversários, que sabem encontrar ali um ponto fraco na defesa.

Asher Allen – Deve ser um dos CB’s mais abusados pelos receivers contrários. A culpa não é integralmente sua. Allen é, quando muito, um nickel back [e mesmo assim dos medianos]. Quem opta por, semanalmente, o emparelhar contra o melhor WR do adversário, é que terá que explicar a opção. O descalabro é evidente.

Profundidade no corpo de WR – Para além de Harvin, quem mais? A pergunta surge numa óptica de preparação de 2012. Quem poderá ser o par de Harvin no ataque? Semanas atrás eu diria Michael Jenkins, que mostrava ser uma excelente adição. O seu desaparecimento nos jogos recentes tem colocado um ponto de interrogação quanto à sua real valia. Mas parece-me evidente que os Vikings terão que ir ao mercado [seja draft ou free agents], pois Devin Aromasodu [conseguiu uma bela recepção contra os Raiders, mas dropa muitas bolas] e Greg Camarillo são meros randoms.

Lesão de Adrian Peterson – Quando o melhor jogador da equipa sai com uma lesão é sinal de preocupação. Quando a equipa de debate com um 2-8, ocupando o último lugar na NFC North, a preocupação aumenta. Resta rezar por um rápido restabelecimento e esperar que 2012 seja francamente melhor do que 2011. Ao ver Ponder e Rudolph jogar, parece que não será difícil os Vikings serem competitivos, num futuro próximo.

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