08 novembro 2011

BEST.QUARTERBACK.EVER

O que se pode dizer, ou escrever, mais sobre Aaron Rodgers? Nada. Apenas que é um prazer vê-lo jogar. Semanalmente, vai reescrevendo a história, mercê das suas fantásticas exibições. Contra os Chargers cimentou a ideia de que pode abater recordes significativos: jardas totais e rating no passe.

Num jogo difícil, jogando quase sempre sob pressão, Rodgers falhou apenas 5 passes. Cinco. As 247 jardas nem são um número que mereça ser realçado. Coloquemos antes a tónica na precisão, quase cirúrgica. 26 passes tentados, 21 completos. 4 touchdowns. Correu para 52 jardas. O jogo terminou com Rodgers a conseguir 81% de acerto nos passes [ a sua melhor marca da temporada].

Aaron Rodgers é, actualmente, muito melhor do que qualquer outro quarterback. Domina o jogo quase como se fosse omnipresente, adivinhando blitzes, escapulindo-se a sacks, lançando para uma vasta gama de receivers. Pode marcar uma era, na história da NFL. Terá, logicamente, que ser ajudado por uma equipa que tem sabido dotar-se de armas para o auxiliar na tarefa de conquista de uma hegemonia que, sinceramente, não parece difícil de conseguir.

Fazendo fé nos sites de estatística, se Rodgers continuar neste ritmo avassalador, terminará a época regular com algo próximo disto: 5.238 jardas passadas, 129.1 de rating, 72,5% de acerto [todos recordes], 48 touchdowns e 6 intercepções. Alguém duvida que as marcas serão atingidas?

Um exercício que eu gosto de fazer amiúde é imaginar o que aconteceria se a equipa A, no draft, tivesse escolhido o jogador B, em detrimento do C. Explicando, com um caso concreto. Aaron Rodgers foi eleito no draft de 2005 pelos Packers, com a escolha 24. Significa que, antes dele, 23 escolhas foram efectuadas, sem alguém se interessar por aquele quarterback específico, vindo da universidade de California. Se em algumas equipas isso é justificado pela existência de sólidas referências no posto [por exemplo, os Colts que tinham Peyton Manning ou os Giants, com o seu irmão Eli], noutras as escolhas revelaram-se desastradas. Sobretudo, olhando para a realidade actual, aquelas que necessitam de um quarterback.

Miami. Os Dolphins elegeram Ronnie Brown [running back,agora nos Eagles, como backup de LeSean McCoy].
Washington. Os Redskins optaram por Carlos Rogers [cornerback, agora nos 49ers].
Minnesota. Os Vikings parecem ter encontrado o seu franchise QB, com Ponder a corresponder às expectativas. Mas em 2005, com Daunte Culpepper na curva descendente da carreira, podiam ter optado por esta solução. E os Vikings tiveram 2 escolhas, nas primeiras 24 picks. Os "felizardos" escolhidos: Erasmus James e Troy Williamson, que já nem figuram na NFL.
Oakland. Os Raiders escolheram antes dos Packers. Como seria agora a história da franquia. Relembro que os Raiders acabaram de dar 2 picks de 1º round por Carson Palmer, desesperados por colmatarem a baixa por lesão de Jason Campbell. A opção? Fabian Washington, um cornerback vindo de Nebraska, actualmente nos Saints.

Como todos eles se devem já ter amaldiçoado...

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