11 setembro 2010

Firefly


14 episódios, apenas. Mas, se parcos em quantidade, em número suficiente para agraciar quem os viu com uma série inovadora, uma mistura de géneros saída do génio criativo de Joss Whedon.

Depois de Buffy ter revolucionado as séries sobre vampiros, criando uma adolescente capaz de lidar com todos os géneros de demoníacas criaturas, Whedon centrou a sua atenção num seriado de ficção científica. Mas, ao invés de naves estelares brilhantes, navegando por Mundos habitados por criaturas estranhas, Whedon colocou as naves num cenário...de western. Puro e duro. Com cowboys, cavalgando em planetas poeirentos, sacando revólveres obsoletos, coexistindo com naves e viagens interespaciais.

A história acompanha as aventuras do capitão Malcom Reynolds [Nathan Fillion], veterano de guerra, proprietário de "Serenity", uma relíquia do confronto insano que grassou na Terra, com o seu feitio peculiar, pouco dado à ética negocial. Para ele, qualquer negócio, desde que rentável, é aceitável, passe por traficar produtos ou pelo mais prosaico carregamento de animais.

Acompanhado por uma tripulação especial, onde se destacam Zoe [Gina Torres], braço-direito de Malcom, companheira de armas na guerra travada contra a Aliança, Wash [Alan Tudyk], marido de Zoe e piloto cheio de recursos, Kaylee [Jewel Staite], mecânica da nave e romântica inveterada nas horas vagas e Jayne [Adam Baldwin], o estereotipo do tipo musculoso, embrutecido e pouco dado ao trabalho com as celulazinhas cinzentas, a nave enriquece a sua população residente com um quarteto de viajantes.

São eles Inara [Morena Baccarin], uma "acompanhante" de luxo, nutrindo uma paixão, latente mas nunca verbalmente mencionada, pelo capitão da nave, o padre Book [Ron Glass] e os irmãos Tam, Simon [Sean Maher] e River [Summer Glau], fugitivos da Aliança, que deseja a todo o custo recapturar River, projecto embrionário de investigação.

E assim, com o desenrolar da acção, somos confrontados com uma série irreverente, vibrante, revolucionando os padrões do género, mas que foi incapaz de resistir aos atentados perpetrados pela Fox, cancelando-a depois de várias peripécias. Logicamente que o fim prematuro não permitiu que as várias histórias paralelas encontrassem o fim devido.

Devido a isso, Joss Whedon lançou, 3 anos mais tarde, o filme Serenity, epílogo possível para a saga da nave homónima. Série imperdível!

Sem comentários:

Enviar um comentário