14 setembro 2011

A Subir/A Descer - semana 1

A Subir:

1. Ray McDonald [49ers]. O defensive end de S.Francisco foi uma das surpresas positivas da jornada inaugural. Não tenho iniciado nenhum jogo desde 2008, o contrato estabelecido pelos 49ers foi olhado com desconfiança. 5 milhões de bónus e 20 milhões nos próximos 5 anos pareciam algo desfasados, na relação qualidade/preço. Frente aos Seahawks, McDonald foi pressionante, desde o início, terminando o jogo com 6 tackles, 1 sack e 3 hits no quarterback adversário. Pode ser ainda prematuro, mas tudo aponta para uma aposta certeira dos 49ers.

2. Julius Peppers [Bears]. Algo ostracizado na concludente vitória dos Bears sobre os Falcons, sobretudo pelas luzes da ribalta terem incidido em Brian Urlacher, Peppers contribuiu de forma preponderante para o êxito. Dois sacks e um fumble forçado, que permitiu o touchdown de Urlacher, são ilustrativos da competência do defensive end. Merecedor de uma atenção especial por parte das linhas ofensivas do opositor, Pepers é um dos raros jogadores que, mais do que brilhar individualmente, permite que companheiros na defesa sobressaiam. O foco de atenção que atrai permite, por exemplo, que Henry Melton [DT] tenha conseguido uma performance fantástica, com 2 sacks e 7 hits no quarterback.

3. Rex Grossman [Redskins]. "Sexy Rexy", como é carinhosamente tratado, voltou ao protagonismo. Depois de uma luta acesa pela posição de quarterback, com o colega John Beck, Grossman impôs-se na preseason, consolidando a posição com uma óptima actuação frente aos rivais de divisão, os Giants. Foram mais de 300 jardas [precisamente 305] e dois passes certeiros para TD.

4. Darren McFadden [Raiders]. O mantra do novo treinador dos Broncos, John Fox, não resultou. Acreditando que o sucesso se faz com um jogo corrido eficaz e com um travão no jogo corrido adversário, nada disso se passou no embate entre os Broncos e os Raiders. Muito por culpa de McFadden, que voltou a desempenhar um papel importante na vitória dos Raiders. 22 corridas, 150 jardas e algumas cavalgadas impressionantes, como a de 47 jardas, no 4º período, que sentenciou a incerteza quanto ao nome do vencedor.

5. Takeo Spikes [Chargers]. Pode ter 34 anos de idade, mas foi uma aquisição cirúrgica dos Chargers, no mercado de free-agents. Contra os Vikings foi o líder da defesa que, na 2ª parte, limitou a equipa de Minnesota a apenas 26 jardas de ataque. Juntou a esse esforço 11 tackles, máximo na partida.

A Descer:

1. Chris Johnson [Titans]. 9 corridas e um total de 49 jardas, numa média bem medíocre de 3.3 jardas. Para aquele que é, assumidamente, um dos grandes nomes nos running backs presentes na NFL, a produção chega a ser humilhante.

2. Tony Romo [Cowboys]. Comemorava Jerry Jones, de sorriso radiante no rosto, no seu lugar luxuoso no estádio de NY, a excelente prestação de Dallas, quando o pior estava para vir. O dono dos Cowboys deverá ter aprendido a ser mais comedido nas manifestações públicas de júbilo. Romo e a sua equipa jogaram bem durante 3 quartos. Mas o jogo tem 4. E nesses minutos finais, Romo voltou a fazer os fãs dos Cowboys perder a paciência, acumulando erros primários que deitaram tudo a perder. Foi apenas um jogo, é certo, mas que serve para acentuar a ideia de que Romo carece de algo que permita aguentar os momentos enormes de pressão. O seu fumble, junto à end zone dos Jets, foi apenas o 1º de uma série de pecadilhos. Lendo mal a jogada, optou por uma investida heróica, condenada ao insucesso, ao invés da opção de um seguro field goal. Os Cowboys ficariam na frente, a 10 minutos do final, por 10 pontos. Depois, foi incapaz de capitalizar o fumble de Mark Sanchez, não conseguindo liderar uma drive para pontos. Finalizou com um disparate tremendo, a meros 50 segundos do final, forçando um lamçamento para Dez Bryant, que se encontrava totalmente coberto por Darrele Revis. A intercepção levou a um field goal dos Jets e o resto da história já é conhecida.

3. Sean Payton [Saints]. Não lembra ao diabo que na última jogada do desafio, frente aos Packers, e com a sua equipa a uma mísera jarda de empatar a contenda, o treinador dos Saints tenha preferido colocar a bola nas mãos do rookie Mark Ingram, em detrimento do seu quarterback Drew Brees, autor de uma portentosa exibição. O play calling de Payton é questionável e levou directamente à derrota.

4. Tampa Bay Buccanners. Uma das mais excitantes e jovens equipas prometia bastante este ano. E tratou de suprir uma das principais carências. O seu pass rush. Para isso usou o draft. Ou os drafts, dado que no ano passado elegeu Gerald McCoy e Brian Price para o seu front seven. Este ano foi buscar Adrian Clayborn e Da'Quan Bowers para o corpo de defensive ends. Esperava-se uma pressão constante e um ataque permanente à OL adversária. Pelo menos os Lions não sentiram isso. Zero sacks e Matthew Sttaford, QB dos Lions, a lançar para mais de 300 jardas e 3 touchdowns. Decepcionante.

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