17 dezembro 2010

Week 15

Será a semana provavelmente com os melhores jogos. Uma ronda com equipas desesperadamente à procura de uma vitória que lhes mantenha a esperança no apuramento para os playoffs. E, quase por mero capricho, o sorteio colocou várias delas frente a frente. Vejamos os jogos de elevado interesse, alinhados por mera casualidade, sem ordem de preferência:

1 - Jacksonville Jaguars at Indianapolis Colts. A liderança da AFC South joga-se aqui. Os Colts venceram a divisão (e subsequente passaporte para os playoffs) 6 vezes, nos últimos 7 anos. São uma espécie de besta negra dos restantes adversários divisionais. No ano passado os Colts venceram 12 jogos. Não perdem um apuramento para a fase seguinte desde 2001. Mas estão encostados à parece. Precisam de vencer os Jaguars que se mantêm teimosamente em primeiro. Será um confronto intenso. Em Jacksonville foi decidido no último segundo, num espantoso field goal de Josh Scobbe, de 59 jardas (recorde do clube). Com Maurice Jones-Drew num momento de forma sobrenatural, correndo sempre acima das 100 jardas, nos últimos 6 jogos, os Jags contam ainda com David Garrard num bom momento de forma. Será suficiente para ultrapassar os Colts, que nos últimos 4 jogos sofreram sempre 28 pontos ou mais? Peyton Manning ainda é um quarterback de topo, mas as ausências, por lesão, de Dallas Clark e Austin Coolie, retiram-lhe alvos confiáveis.

2 - Kansas City Chiefs at Saint Louis Rams. Duas das piores equipas da NFL, nas últimas temporadas, ressurgem em 2010 como comandantes de divisão. O trabalho paciente efectuado nos drafts e mercado de free agents conseguiu modificar a face de ambas as franquias. Os Chiefs (uma das equipas que mais gozo me tem dado ver jogar) chegam pressionados a esta partida. Com 8-5 como recorde, vêm com apreensão a aproximação dos Chargers, com 8-6. E, para acentuar o dramatismo do jogo, Matt Cassel foi operado a uma apendicite. O quarterback que, nos últimos 8 jogos, tinha passado para 19 touchdowns e apenas 1 intercepção. Rude golpe para os Chiefs, sentido logo no embate em San Diego. O jogo aéreo foi inexistente, ficando a equipa com um confrangedor nulo no marcador. Os Rams, por sua vez, encontram-se empatados no topo da sua divisão, apelidada de pior da NFL (os comandantes possuem um recorde negativo de 6-7). Liderados pelo rookie Sam Bradford e com a prestimosa colaboração de Steven Jackson, o resultado final dirá muito da sorte de ambas as equipas, nesta edição da prova. Uma vitória dos Chiefs valerá, quase de certeza, a vitória na sua divisão. E o mesmo pode ser dito dos Rams.

3 - NY Jets at Pittsburg Steelers. Ui, que belo bico de obra para Rex Ryan e "sus muchachos". Os Jets, auto-apelidados de melhor equipa da liga, levaram um valente correctivo dos seus inimigos figadais, os Patriots. Como se isso não representasse já humilhação suficiente, nova derrota caseira contra os rivais de divisão vindos de Miami, fez soar as sirenes de alarme em Nova Iorque. É que, agora, já nem se trata de vencer a divisão, algo que não parece possível, mas sim garantir os últimos lugares da AFC para os playoffs. Com o jogo corrido desaparecido, depois de excelentes prestações de Tomlinson no início da temporada, e com Mark Sanchez a passar por uma crise exibicional, os Steelers aparecem como adversário indesejável. Lutando igualmente, contra os Ravens, para vencerem a sua divisão, a equipa de Pittsburgh seria considerada favorita à vitória...não fossm as lesões. Perdeu Aaron Smith, um indomável defensive end e Max Starks (left tackle), o guardião da integridade de Roethlisberger. E recebeu, esta semana, novo golpe. Bem rude. A ausência certa de Troy Polamalu, o safety que brilhou nos dois últimos jogos, com duas jogadas transcendentais (fumble forçado a Flacco, no embate contra os Ravens, e intercepção a Carson Palmer, retornada para touchdown, contra os Bengals). Num jogo de tudou ou nada para os Jets, o resultado final é uma incógnita.

4 - Green Bay Packers at NE Patriots. Com o descalabro dos Vikings, na NFC North, pensava-se que os Packers venceriam facilmente a divisão. Puro engano. Todos esqueceram os Bears, que continuam a liderar. Os Packers sofreram, no último jogo, uma derrota dolorosa. Não por ser frente ao rival Detroit Lions. Mas sim por a mesma ter significado que a equipa não aproveitou a expressiva derrota dos Bears, frente a estes mesmos Patriots. Para além disso, o seu quarterback saiu lesionado, com uma concussão, provando o quão dependente a equipa se encontra dele. Vencer assume assim um carácter de obrigatoriedade para a equipa vinda de Green Bay. Se Rodgers jogar, recuperado da lesão, os Packers terão forçosamente que o defender, tarefa que não tem sido bem sucedida, dado que o quarterback é um dos que mais sacks sofre na NFL. Do outro lado está a equipa que conseguiu uma quase unanimidade da crítica, que a considera a principal favorita à vitória final. Com Tom Brady, provável MVP da temporada, e uma série de jogadores "inventados" por Bellichick no ataque (BenJarvus Green-Ellis e Danny Woodhead como undrafted, Deion Branch vindo do desterro em Seattle, Aaron Hernandez e Gronkowski rookies), a equipa subiu vertiginosamente de produção, revelando actualmente maior coesão defensiva(era, na semana 13, a pior defesa da NFL). A vitória de Geeen Bay parece ser uma tarefa hercúlea, mesmo que conte nas suas fileiras defensivas com nomes como Clay Matthews ou Charles Woodson.

5 - Philadelphia Eagles at NY Giants. Capítulo seguinte na reabilitação de Michael Vick. De proscrito a potencial vencedor do MVP da temporada. Vick é o líder de um ataque empolgante. Dupla ameaça, dado que tanta passa com enorme precisão, como corre ao nível de um running back, o quarterback que no passado se dedicava a torturar animais é agora o mais excitante e popular jogador da actualidade. Os Eagles têm, no entanto, que o proteger bem melhor do que tem sido conseguido. Atingido inúmeras vezes, nas últimas partidas, Vick continuará a encantar com os seus lançamentos teleguiados para DeSean Jackson, provavelmente o mais rápido receiver da liga. Contando ainda com o forte contributo de LeSean McCoy, um RB de 2º ano com produção assinalável, os Eagles sabem que, vencendo, conquistam a divisão. Só que, do outro lado, estão os Giants. Que podem afirmar o mesmo. Vencendo, dão passo decisivo rumo ao título divisional. Apresentando exactamente o mesmo número de vitórias e derrotas que os Eagles, a equipa nova-iorquina tem-se debatido com algumas lesões instrumentais, no seu corpo de receivers. Hakeem Nicks, nome maior da franquia, encontra-se já recuperado, mas Steve Smith, receiver nº2, não jogará mais esta temporada. Com Mario Manningham, receiver nº 3, a padecer de problemas físicos (foi substituído precocemente no último embate, contra os Vikings), os Giants apelaram ao seu jogo corrido, com resultados excelentes. Catapultados pela velocidade, força e poder de Ahmad Bradshaw e Brandon Jacobs, venceram concludentemente Redskins e Vikings. Bastará isso para levar de vencida os Eagles? Destaque ainda para vários nomes grandes, nas defesas. Trent Cole e Asante Samuel (em dúvida para o jogo), por parte dos Eagles, e Osi Umenyiora e Justin Tuck, defensives-end dos Giants, capazes de colocar sempre enorme pressão sobre a linha ofensiva contrária. Um jogo imperdível.

6 - Chicago Bears at Minnesota Vikings e Houston Texans at Tennessee Titans. No 1º caso, apenas a curiosidade de ver novo encontro sob condições climatéricas extremamente adversas. Com um denominador comum. Os Bears, arrasados pelos Patriots, numa Chicago coberta de neve, na semana passada, agora com novo e decisivo encontro perante uns Vikings sem estádio. O jogo, disputado ao ar livre na universidade local, porá em confronto uma das defesas mais intratáveis, contra o jogo corrido (a dos Bears) e o melhor running back da actualidade, Adrian Peterson. Sem Favre e com o seu backup contundido, os Vikings serão conduzidos pelo rookie Joe Webb.
No embate em Tennesse, com duas equipas que constituem desilusões, apenas um óbvio motivo de interesse. O reencontro entre o receiver Andre Johnson e o cornerback Cortlan Finnegan, 3 semanas após a cena de pugilato que protagonizaram, em Houston.




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