24 novembro 2010

NFL 2010 - Semana 11 [os heróis]

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Ronde Barber - A intercepção providencial, no 4º período, ajudou a cimentar a liderança dos Tampa Bay em San Francisco. Os Buccaneers conseguiram um histórico resultado, dado que a sua vitória por 21-0, foi apenas a 2ª na história da franquia, em San Francisco, e a 1ª desde 1980. O veterano cornerback conseguiu a 40ª intercepção da carreira, máximo histórico nos Bucs, sendo igualmente o primeiro atleta da NFL a conseguir 40 INT e 25 sacks. Este ano leva já 3 INT, 1 SACK e 54 TACKLES

Steve Johnson - Quando o marcador, em Cinccinati, apresentava um desfavorável 28-7 para os Bills, poucos equacionariam uma reviravolta. Para isso contava claramente a debilidade patenteada, até agora, pela equipa de Buffalo, apenas com uma vitória, obtida na semana passada, na recepção aos Detroit Lions. Mas, pese a classificação, existe qualidade e valor nos Bills. Fred Jackson é um desses exemplos. Ryan Fitzpatrick outro, comandando o maior comeback dos Bills nos últimos 13 anos e empatando o seu máximo de carreira, ao lançar para 4 touchdowns. Mas foi Steve Johnson, o jovem receiver vindo da universidade de Kentucky, na sua 3ª temporada, que sobressaiu. 8 recepções, para 137 jardas e 3 touchdowns, ajudando a uma recuperação épica. Os números da temporada mostram igualmente a excelência do jogo do veloz WR: 52 REC, 728 jardas e 9 TD. Brilhante!

Ben Roethlisberger - O quarterback dos Steelers teve mais uma tarde de glória. Depois do correctivo aplicado pelos Patriots, pensou-se que o mesmo poderia deixar marcas na equipa de Pittsburgh. As ausência de Max Starks, o LT, e de Aaron Smith, imprescindível no pass rush, criaram lacunas difíceis de preencher. E, como se não bastasse, o adversário aparecia no seu melhor momento. Os Oakland Raiders, líderes da sua divisão, prometiam ser um adversário duro. Mas Big Ben tinha outros intentos. Acertou 18 dos seus 29 passes, para 275 jardas, e 3 finalizações perfeitas: Mike Wallace, Emmanuel Sanders e Isaac Redman. Teve ainda tempo para provocar Richard Seymour, o temível DT dos Raiders, levando à sua expulsão e para marcar um touchdown corrido, de 16 jardas, num admirável slalom.

Greg Jennings - Se existem jogos perfeitos, o WR dos Packers pode dizer que esteve num. E com uma participação efectiva. Jennings não se limitou a destroçar a defensiva dos Vikings, num encontro de enorme rivalidade. Foi perverso. Humilhou a secundária da equipa de Minnesota, ridicularizando Asher Allen, Chris Cook e Husain Abdullah. Jennings teve 7 recepções, 3 delas retornadas para touchdown (brilhante o que marcou no 3º período, o seu 2º no jogo, numa corrida de 46 jardas), num total de 152 jardas. Confira aqui.

Aaron Rodgers - Reparte com Jennings os méritos na vitória retumbante em Minnesota. O QB dos Packers assume-se, cada vez mais, como um jogador decisivo, capaz de improvisar e realizar jogadas que, muitas vezes, constituem reviravoltas no desenrolar das partidas. Contra Brett Favre, de quem levou duas lições no ano passado, Rodgers mostrou que a escolha de Green Bay, em transformá-lo no rosto da franquia para o futuro, em detrimento do astro Favre, foi uma escolha acertada. Ele tem retribuído, podendo dizer-se que estes Packers, mesmo sem Jermichael Finley, são uma equipa com aspirações. Para além da notável jogada que culminou no 1º touchdown dos Packers, livrando-se com elegância de um sack e enviando um passe perfeito para Jennings, Rodgers teve 22 passes certeiros, em 31, com 302 jardas e 4 passes para TD. Melhor era impossível.

Santonio Holmes - Pelo segundo jogo consecutivo, foi decisivo. E isso justifica, cada vez mais, a sua contratação. O herói do último título dos Steelers, MVP do Super Bowl, resolveu na semana passada uma partida no prolongamento, em Cleveland. Desta feita, quando parecia que os Texans sairiam de Nova Iorque com uma vitória, o passe açucarado de Sanchez foi recolhido com destreza pelo receiver, que garantiu um precioso triunfo. Holmes não se limitou a isso. Teve 7 recepções, 126 jardas e 2 touchdowns. Os Jets já capitalizam o investimento feito. Highlights aqui.

Jon Kitna - Em Dallas ninguém sente saudades de Tony Romo. O quarterback de uma das mais famosas equipas americanas nunca foi, aliás, consensual, mesmo entre os adeptos do clube texano. A sua lesão elevou Kitna, o seu backup, à titularidade. E o veterano aproveitou a benesse. Depois de liderar o ataque dos fracos Lions, entre 2006 e 2008, não acusou a pressão mediática e tem conseguido realizar exibições seguras. Frente à sua antiga equipa, acertou 18 dos 24 passes tentados, para 147 jardas, 3 touchdowns e um rating final de 129,7. Ver aqui.

Bryan McCann - Não é só Kitna que brilha, numa temporada cinzenta dos Dallas. Este rookie, defensive back, teve duas semanas para ver o seu nome decorado pelos adeptos. Na visita à Big Apple, teve uma pick 6, como chamam os americanos ao retorno para touchdown de uma intercepção. Foi, aliás, o mais longo retorno, com as suas 101 jardas a entrarem para a história da franquia. Míseros 7 dias depois, McCann tornou a deliciar todos com as suas habilidades físicas: velocidade de ponta e capacidade de reacção explosiva, retornando um punt para touchdown, numa corrida desenfreada de 97 jardas.

Shaun Phillips - Era fácil destacar Philip Rivers, o arquitecto do demolidor ataque dos Chargers. Mas este linebacker, na sua 7ª temporada, sempre foi um dos meus predilectos. No jogo contra os Broncos, Phillips infernizou a vida a Kyle Orton, tendo efectuado 2 sacks. São já 9, na temporada, juntamente com 1 INT e 33 TACKLES.

New England Patriots - Mais do que destaques individuais, importa realçar a excelência do grupo comandado por Bellichick. Mesmo desfazendo-se de Randy Moss, o mais fiável alvo de Brady, a equipa permaneceu competitiva [excepção ao mau jogo realizado em Cleveland],l conseguindo duas impressionantes vitórias. Fora, em Pittsburgh, e em casa frente aos Colts. Os Pats podem até nem ter Moss, mas contam com Aaron Hernandez e Gronkowski, dois rookies tigh end, com o dispensado dos Jets, Danny Woodhead, com BenJarvus Green-Ellis e com o regressado Deion Branch para manterem um ataque com muitas soluções, onde ainda pontifica Wes Welker. Mantendo a tradicional defesa coreácea [destaco mais 2 rookies, Jermaine Cunningham e Devin McCourty], assumem desde já a sua condição de fortes candidatos à vitória final.

Julius Peppers - É a força por detrás da defesa dos Bears, dando uma amplitude tremenda à asfixiante defesa de Chicago. Contratado no mercado de free agency, o defensive end tem sabido corresponder ao estatuto que possui. Contra os Dolphins, foi imparável na pressão sobre o 3º quarterback de Miami, tendo acabado o jogo com 3 sacks, 6 tackles, liderando a equipa a uma importante vitória por 16-0. Ganhando, em média, um milhão de dólares por jogo, Peppers vale o seu peso em ouro.

Justin Tuck - Outra força da natureza, versátil na defesa, jogando actualmente como defensive end. Não foi por ele que os Giants perderam frente aos Eagles. Fez a vida negra a Michael Vick, a quem sacou poor 3 vezes, tendo ainda tempo para provocar 2 fumbles e 2 tackles para perdas de bola do adversário. A antiga estrela de Notre Dame confere ao jogo defensivo dos Giants a rapidez, habilidade e pressão necessárias para atormentar as linhas ofensivas contrárias.

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