22 novembro 2010

Human Target - season 1


Há quem recorde com nostalgia os anos 80. Quem, aliás, os glorifique. Hoje, duas décadas passadas, é sempre com um sorriso, misto de nostalgia e deboche, que ouvimos algum hit musical dessa época. Ou assistimos, com benevolência e um espírito crítico pouco acentuado, aos primeiros acordes de "McGyver", "Miami Vice", "A-Team" ou o psicadélico "Knight Rider".

Recuperando um pouco do estilo e imaginário dos heróis desenvolvidos pela TV, Human Target constituiu uma agradável surpresa. Sob o lema "if you have a problem, if no-one can help you, and if you can find him, you can hire...the Human Target", algo piroso, é-nos apresentado Christopher Chance [Mark Valley]. Guarda-costas, especialista de segurança e desenrascador profissional, é o tipo que queremos sempre do nosso lado, capaz de resolver qualquer problema ou dilema de acentuada dificuldade. Incapaz de recusar uma missão, leve-o ela a um avião sequestrado, a um comboio lançado a toda a velocidade e incontrolado ou a um mergulho na densidade e humidade de uma floresta tropical, Christopher conta com o inestimável apoio do antigo detective da polícia, Winston [Chi McBride]. Este torna-se a fonte de equilíbrio na dupla, uma espécie de consciência, voz da sensatez, castrando à nascença impulsos emotivos. Completando o grupo operacional, Guerrero [Jackie Earle Haley], um pistoleiro que vive debaixo da inócua pele de técnico de computadores, com ramificações ao passado de Chistopher.

Semanalmente, temos a dose de adrenalina certa, mesclando lutas excelentemente coreografadas com situações extremas de acção, à "la James Bond", tendo em diálogos vibrantes [sobretudo entre Winston e Guerrero, na truculenta trocas de palavras] um dos seus pontos de maior destaque.

Não sendo uma série complexa, resulta num entretenimento bem conseguido, proporcionando 40 minutos de elementar distracção, onde cabem todos os estereótipos das séries de acção.

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