23 outubro 2010

Dallas Cowboys @ Minnesota Vikings - Week 6

No denominado “panic-button bowl”, dada a necessidade de vitória por parte de ambas as equipas, os Vikings foram melhores do que os Dallas Cowboys. O embate foi totalmente diferente do correctivo que a equipe de Minnesota tinha aplicado aos Cowboys, nos playoffs do ano passado. Como o próprio resultado de 24-21 demonstra, foi uma partida equilibrada, em que o mínimo erro teria influência no resultado final. Podem-se apontar algumas variantes, que tiveram um peso enorme no resultado:

- As duas interceptações de Romo, ambas com a assinatura de EJ Henderson. Resgatado de uma lesão, o LB dos Vikings continua a revelar, jogo a jogo, a forma que o notabilizou;

- O QB de Dallas também sai por baixo desse jogo. Nesse aspecto, a estatística é cruel. 24 dos 32 passes de Romo foram efectuados para 5 jardas ou menos, revelando uma inexplicável incapacidade de explorar as debilidades conhecidas na secundária do Vikings. A obsessão de lançar a bola para Felix Jones, ao em vez dos WR’s Miles Austin e Roy Williams(este com 2 TD’s, nas poucas recepções em que foi solicitado) teve um custo muito elevado. O 1-4 que os Dallas apresentam é, antes de tudo mais, uma piada. E os Estados Unidos adoram histórias escabrosas que envolvam uma das equipas mais conceituadas do país.

Quanto ao jogo propriamente dito, continuou a revelar as mesmas virtudes e defeitos da equipa de Minneapolis. No primeiro bloco de notas, o das virtudes, podemos colocar:

- O ressuscitado Percy Harvin. O crucial TD que marcou, no retorno de um kickoff, é o comprovativo que os problemas de saúde estão sanados. 95 jardas explosivas, devastando os adversários, dando a sensação de um deja-vu. Ele era assim no ano passado. E promete continuar a fazer estragos nesta temporada.

- O front-seven. A defesa continua a ser sólida, pressionando o tempo todo, tendo o expoente máximo no trio de LB’s. Deles emerge EJ Henderson. As duas interceptações citadas levaram à posterior conversão de 10 dos 24 pontos. A sua 2º INT foi fantástica, simulando a participação na blitz, para depois recuar e apanhar facilmente o passe de Romo.

- Chris Kluwe. Sim, o punter raramente aparece sob as luzes da ribalta. Mas ele tem feito um trabalho excelente. Dois dos seus pontapés no 2ª tempo colocaram o ataque dos Cowboys esbarrando em sua própria end zone. O 1º colocou-os a 4 jardas. Logo em seguida, o Vikings forçaram um punt de Dallas, e, posteriormente, o TD de Peterson. O 2º morteiro disparado dos pés de Kluwe colocou a bola na marca das 5 jardas, logo quando era essencial colocar a maior distância possível entre o Cowboys e a goal line. Melhor, só por encomenda.

Os defeitos já são antigos:
- O ataque do Vikes continua a esbarrar na defesa dos oponentes. Contra o Cowboys, apenas 188 jardas, 60 na 1ª metade. Brett Favre teve, no entanto, um jogo quase sem mácula. Sacado 3 vezes, atingido outras tantas, completou 14 de 19 passes, com 1 TD (passe para Camarillo, numa bela recepção);

- Lito Shepard. Não é coincidência que os 3 touchdowns adversários tenham sido obtidos por jogadores que estavam sob a sua marcação. Os problemas de lesões nos CB’s têm prejudicado a coesão na secundária. E Lito provou que é um erro de casting.

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