31 agosto 2010

O caso Queiroz

O “caso Carlos Queiroz” começou há muito tempo e, embora mereça discussão, leva demasiado a alinhavar. Pessoalmente, acho que Ronaldo tinha razão: “Assim não vamos lá, Carlos...”.

E não fomos. Depois disso, a FPF queria despedir Queiroz. Devia, pois, tê-lo chamado a um canto do aeroporto de Joanesburgo, anunciado que ia pagar-lhe a indemnização acordada e ter-lhe dito: “Professor, obrigadinho por tudo, mas de bola você percebe pouco. Adeus”. Entendia-se. Mal, mas entendia-se.

Em vez disso, com os cofres vazios para o ressarcimento, armaram uma cilada que é uma sequência de processos, inquéritos, investigações, inquirições e trapalhadas sobre uns “nefandos acontecimentos”, dando a ideia que estão despudoradamente agarrados ao poder. Mesmo prejudicando (e grandemente) a selecção, o circo continua. O futebol português bate mais uma vez no fundo. Tudo numa altura em que a equipa das quinas vai iniciar o apuramento para o próximo Europeu. Sem seleccionador...

No meio dum imbróglio que parece tirado de uma qualquer novela mexicana, apenas se estranha o silêncio comprometido de Laurentino Dias, extemporâneo a comentar, no início da contenda, mas calado cirurgicamente enquanto FPF e a Autoridade de AntiDopagem vão, à vez, cumulando Queiroz de processos disciplinares. Parafraseando o professor, com recurso a uma tirada com perto de 20 anos, não se arranja alguém "que dê uma varridela na porcaria existente na Federação?".

1 comentário:

  1. Carloz queiroz vai ser o eterno adjunto, nao gostei de sua passagem pela seleçao portuguesa, o time por muitas vezes ficava estático, com um padrão de jogo confuso, sem contar que nao tinha muito o aval de parte do elenco e da torcida, vá com deus.

    Muito bom o Blog Paulo, Parabens.

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