16 novembro 2011

College Football - Week 11 review

TCU - Boise State hipotecou qualquer possibilidade de disputar o título nacional. Os Broncos [Boise State] penhoraram, pelo segundo ano consecutivo, os seus sonhos, vivendo um déja-vu. Se no ano passado, frente a Nevada, foi o field goal falhado [Kyle Brotzman falhou no último segundo do tempo regulamentar, da linha de 26 jardas] que dilaceraram a hipótese de se manterem invictos, este ano tornou a acontecer o mesmo. Na seu relvado azul e usando os equipamentos laranjas [o efeito visual é tremendo e não muito agradável] TCU tornou-se o novo algoz, ao vencer num jogo trepidante. A história conta-se em poucas palavras. Num jogo equilibrado, com Boise deficitário em algumas posições na secundária e jogo corrido, devido a lesões, um fumble levou TCU a uma drive e consequente TD, ficando com o resultado 36-35. Quando se esperava o extra point, que empataria a contenda, TCU opta pelo 2-point-conversion com sucesso e passando para a frente do marcador, a dois minutos do final. A última drive de Boise, liderada por Kellen Moore [acaba o seu ano sénior como o quarterback universitário com mais vitórias de sempre], consegue colocar a equipa à distância de um FG aparentemente fácil, de 39 jardas. Dan Goodale [freshman] falha…e a invencibilidade caseira dos Broncos, que durava à uma década, esboroou-se. E, com ela, o sonho de estarem na final nacional. Ou sequer numa Bowl BCS.

Casey Pachall – O grande dinamizador do ataque de TCU merece ver os seus créditos reconhecidos. Substituindo Andy Dalton, agora nos Bengals da NFL, Pachall conseguiu o máximo de carreira, lançando para 473 jardas e 5 tocuhdowns (na 1ª parte TD’s de 74, 75 e 69 jardas, dinamitando a frágil secundária de Boise).

Bo Pelini – O treinador de Nebraska figura aqui não pela vitória sobre Penn State, mas pelo seu discurso no final do jogo. Numa semana que foi um turbilhão de emoções na universidade de Penn State, com a resignação do secular Joe Paterno, houve algo que se perdeu no meio do caos. A importância do futebol e do programa da universidade nunca poderia, em caso algum, sobrepor-se ao escândalo de abusos sexuais em que se envolveu o antigo coordenador defensivo Jerry Sandusky. Por isso, foi uma lufada de ar fresco a postura de Pelini, contrastando com a da universidade rival e dos seus fãs, mais preocupados em defender a integridade da faculdade, do programa de futebol e de Joe Paterno (que falhou na prevenção de futuros incidentes e no não reporte das denúncias recebidas à polícia) do que em manifestar solidariedade com as vítimas do crime hediondo. “It’s about doing what’s right in society. I look at my Job as a football coach as to educate and to prepare the kids that come into the program for the resto of their live.”

Montee Ball –Difícil escolher alguém na excelente equipa de Wisconsin, uma das minhas predilectas. Opto pelo principal rosto do jogo corrido, o que me atraiu e fidelizou à universidade, nos anos anteriores. Depois de John Clay, Montee Ball é a referência, levando já um número absurdo de touchdowns: 27. Contra a universidade de Minnesota, juntou dois à conta, correndo 166. Os números finais serão monstruosos, a conferir após o final da época.

Aaron Murray – O rosto mais visível da excelente temporada de Geórgia é o seu quarterback. No correctivo aplicado aos ainda campeões em título, Auburn (45-7), Murray teve a sua melhor prestação da temporada, conseguindo 14/18 em passes, 224 jardas e 4 touchdowns. Geórgia parece trilhar o caminho do sucesso e apenas um descalabro nos últimos jogos impedirá a sua presença no título de divisão da SEC.

David Wilson – O running back de Virgínia Tech (que provavelmente emparelhará na final da ACC contra Clemson, num embate que promete) teve o máximo de carreira com 175 jardas corridas. É o seu 9º jogo na temporada acima das 100 jardas. Contra Geórgia Tech David Wilson quebrou 16 tackles, conseguindo a fabulosa marca de 133 jardas corridas após contacto de adversários.

Collin Klein – Junto com Kansas State, uma das agradáveis surpresas da temporada, o seu quarterback revela a cada jogo a enorme importância que tem na equipa. No jogo contra Texas A&M, que mais parecia um thriller (o jogo teve 4 prolongamentos), Klein lançou para 281 jardas, correu para 103 e teve participação em 6 touchdowns.

Mohamed Sanu – Era tido como uma das grandes esperanças, em 2009, sendo visto como uma estrela emergente. Sanu teve, no entanto, um ano de 2010 desapontante, perdendo grande parte do capital de prestígio e confiança alcançados. Este ano, como sénior, representa a derradeira oportunidade para se afirmar como receiver competente, com entrada no draft de 2012 com aspirações. Para já, Sanu não tem defraudado na universidade de Rutgers, estando prestes a cumprir com o prometido, no início da temporada. Chegar às 100 recepções. Para já leva 94, ultrapassando o recorde da Big East, pertença de Larry Fitzgerald de 92.

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